- Acordo de Coimbra com o arcebispo de Braga
Em dia não determinado mas no mês Junho de 1223, reunida a Cúria em Coimbra, o primeiro gesto político do seu reinado, onde se resolveu o conflito com a arcebispo de Braga, que obviamente não tinha o jovem rei como protagonista, mas sim ao longo do reinado de seu pai, devido à excomunhão lançada por Estevão Soares da Silva sobre o rei Afonso II e cuja retaliação envolvera o País em graves desacatos, incluindo saques e pilhagens.
Em Coimbra foram agora estabelecidos 2 pactos, um que visava os limites da acção da coroa no domínio espiritual o segundo visando o levantamento da excomunhão incluía as compensações financeiras necessárias, para cobrir os prejuízos sofridos pelo arcebispo
- Acordo com as infantas suas tias
Por certo por influencia dos seus tutores, um dos primeiros actos do reinado de D.Sancho, consistiu através dum diploma emitido em Montemor-o-Velho, num acordo que permitiria concluir o testamento de Sancho I , pelo qual se atribuíam a sua filhas vários feudos entre os quais o próprio local onde o documento fora redigido. Nesse documento ficaria assente a resolução definitiva do diferendo logo que o rei atingisse a maioridade.
Significativamente o documento é testemunhado pelo arcebispo de Braga, Estevão Soares da Silva e o frei Soeiro Gomes prior dos dominicanos, que muito intensamente tinham tomado no reinado de Afonso II o partido das "Rainhas", entre imensos dignitários da corte.
Todas as benesses testamentárias atribuídas ás "rainhas" ficaram asseguradas, mas a clausula da revertabilidade dos bens para a coroa, após o falecimento das titulares, foi um ponto favorável a D.Sancho II
Quando D.Afonso II morreu em Santarém a 23 de Março de 1223, segundo o seu testamento ficara clara que a sucessão do trono seria assegurada no seu filho varão mais velho Sancho, excluindo dela o seu filhos fora do casamento João Afonso.
Atendendo a que Sancho teria na altura apenas 13 anos de acordo com o referido testamento, ficaria até à idade de governar (14 anos) sob a tutela do chanceler Gonçalo Mendes, do mordomo-mor Pedro Anes e do deão de Lisboa Mestre Vicente.O que realmente não viria a acontecer e será gerador de imensos problemas.
Recorde-se ainda outro factor que ajudará à compreensão de inúmeras quezílias, a sua ascedência. Nascera em Coimbra em 1209 primogénito de Afonso II, mas ainda nascido no reinado do seu avô.
sua mãe D.Urraca infanta de Castela filha de Afonso VIII um rei herói de Navas de Tolosa facto que ajudará à sua queda quando do casamento (?) com D.Mécia Lopes do Haro
